quinta-feira, 16 de maio de 2013

16/05 – ETAPA RÍO GALLEGOS A EL CALAFATE



Logo após um “desayuno” (café da manhã) de qualidade bastante questionável, fomos em busca de uma “gomería” (borracharia) para que pudéssemos colocar o pneu furado na ativa outra vez. Após essa atividade, já que o trecho de hoje seria de apenas 300 km, resolvemos dar um merecido trato no carro, ou seja, uma lavagem.

Em seguida partimos para El Calafate, uma cidade localizada já bem próxima aos pés dos Andes, através de uma rodovia muito bonita e tranquila e sem maiores percalços.

 Merecido trato no carro, que estava "una mugre" (sujo, imundo)

 Estrada para El Calafate
Esse trecho da Ruta 5 se torna Ruta 40

 Mirante na estrada de onde se avista
a Cordilheira dos Andes nevada

Panorâmica da região de El Calafate

 El Calafate

 Avenida principal de El Calafate

 El Calafate - Álamos indianos amarelos ao fundo

"Cordero fueguino", prato típico da Patagônia Argentina







15/05 – DIA INTENSO: DEIXANDO O FIM DO MUNDO COM MUITA AVENTURA



Desde ontem a Equipe Rípio sabia que deixar a cidade de Ushuaia em direção ao norte seria uma verdadeira aventura cheia de obstáculos e muito perrengue devido à forte nevasca nos dois dias anteriores e consequentemente à formação de muito gelo na pista. Ao deixarmos o hotel e ingressarmos na Ruta 3 fomos parados no primeiro posto policial, onde nos informaram que para transpor a serra conhecida como Paso Garibaldi havia necessidade de utilização de correntes ou pneus com cravos devido à camada de 5 cm de gelo no leito carroçável da estrada. De início ficamos bastante desanimados até que o policial nos deu a dica de que existe um produto, conhecido como “cadena líquida”, ou seja, corrente líquida, que é um spray que se aplica nas rodas de tração do veículo e que permite dar mais aderência sobre a camada de gelo que se forma após as nevascas. Em consequência retornamos para adquirir o tal produto. Após a compra de duas latas de spray nos dirigimos novamente à Ruta 3 e só assim a polícia nos permitiu enfrentar o Paso Garibaldi. 

Como as instruções na lata do spray indicavam uma autonomia de cerca de 15 km rodados para cada aplicação, optamos por usá-lo somente em caso de necessidade, ou seja, caso o carro começasse a ter dificuldade de locomoção. Mas para nossa surpresa a camionete com 4X4 acionada e à uma velocidade de 40 km/h não demonstrou  direção perigosa, ou seja, não houve deslizamento das rodas e, resumindo, não foi necessário utilizar o spray.

Outro perrengue vivido durante esta etapa foi a eterna falta de diesel de qualidade na cidade de Río Grande, o que nos levou a dirigir no regime mais econômico do carro, prolongando em demasia o tempo de percurso de determinado trecho. 

Após vencidos esses dois obstáculos tivemos que partir para a etapa de travessia do trecho chileno de aproximadamente 120 km de estrada de rípio, o que foi também obstáculo vencido com algumas derrapagens.

E com o sol quase se pondo, na margem sul do Estreito de Magalhães já na fila aguardando o ferry boat, observamos que “se pinchó la goma” (furou um pneu). Entretanto, conseguimos atravessar o Estreito sem que o pneu ficasse totalmente vazio a bordo da balsa, aspecto esse que nos traria uma grande dor de cabeça. Por fim, conseguimos sair da balsa e estacionar num lugar seguro para que pudéssemos trocar o pneu. 

Após a troca do pneu já com a caída da noite, rumamos para o nosso destino de pernoite, a cidade de Río Gallegos.

Cadena líquida

Máquinas removendo excesso de neve na pista
na região do Cerro Castor, centro de ski 

Muita neve acumulada na rodovia

Muita neve e gelo na estrada

Curvas fechadas no Paso Garibaldi
 Paso Garibaldi
 Difícil ler o que a placa indicava

  Água congelada em Tolhuín

 Tolhuín também atingida por forte nevasca

  Longo trecho de rípio em território chileno

 Pôr-do-sol no Estreito de Magalhães, 
quando percebemos o pneu furado